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Críticas de segunda e Opiniões de quinta sobre Quadrinhos

Por Thiago de Oliveira

Batman A Maldição do Cavaleiro Branco 7 review | De Segunda

Batman: A Maldição do Cavaleiro Branco 7

Batman: A Maldição do Cavaleiro Branco 7 é a prova de que o roteirista Sean Murphy continua a entregar um enredo fora da curva. Explosões, reviravoltas e ainda mais mistério em Gotham.

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Ficha Técnica

Batman A Maldição do Cavaleiro Branco 7
Capa de: Sean Murphy

Batman: A Maldição do Cavaleiro Branco 7
Autores: Sean Murphy (roteiro), Matt Hollingsworth (arte)
Preço:R$ 9,90
Editora: Panini / DC (Black Label)
Publicação: Agosto / 2020
Número de páginas: 32
Tradução: Mateus Ornellas
Formato: Americano (17 cm. x 26 cm.) Colorido / Lombada com grampos Quadrada / Capa cartão
Gênero: Super-heróis
Sinopse: Após o massacre ocorrido no novo Arkham, Azrael e o Coringa partem para o movimento final de seus planos para Gotham, a OTG e a batfamília. Enquanto isso, Batman mergulha no passado de Jean-Paul Valley para detê-lo.

***

Para começarmos os trabalhos de hoje preciso dizer que Batman: A Maldição do Cavaleiro Branco 7 é tudo aquilo e mais um pouco. Um prelúdio do fim arrebatador no qual mistérios são desvendados e outros se desdobram enquanto a batalha se estende pela cidade. E tudo isso embrulhado em doses cavalares de ação que tornam este volume em uma corredeira de emoções. 

Arte de: Sean Murphy

Mas como na edição anterior, Murphy começa devagar, fechando ciclos e mostrando as consequências do que vimos no volume anterior. E neste início temos a presença de três elementos que nos saltam aos olhos. O 38 de cano alongado do Coringa retirado diretamente do filme Batman de Tim Burton, o nome de Marian Drews, a Neocoringa, e o retorno de Jason Blood

Como tudo nos roteiros de Murphy possui uma razão de ser, a citação a antiga Neocoringa não deve ser menosprezada e acredito que veremos a personagem nos próximos volumes. Ainda mais com o Chapeleiro Maluco indo ao seu resgate pelos corredores do novo Arkham. 

Jason Blood/Etrigan no Murphyverse

Contudo se a dupla não pode se reencontrar neste volume, o roteirista coloca um certo demônio e um cruzado encapuzado para conversarem sobre a história de Gotham. E é no encontro entre Blood e o Cavaleiro das Trevas que algumas peças do intrincado quebra-cabeça dos Waynes e dos Valleys ganham novos contornos. E o que era labiríntico, torna-se ainda mais complexo graças a uma nova reviravolta na relação entre Bakkar e Edmond. O que só nos mostra o quão complicado é remontar o passado através de fragmentos encontrados aqui e ali. 

Arte de: Sean Murphy

Entretanto, Blodd se mostra uma figura capaz de elucidar certas  questões mesmo que ele se negue neste primeiro momento a fazê-lo. O que talvez signifique que a sua participação não deva se limitar a este único volume. Mas o mais interessante deste encontro é ver a forma como o personagem de Kirby integra o universo criado por Murphy é uma grata homenagens aos seus primórdios, como dissemos anteriormente.

E não é somente na boca de Etrigan que Murphy insere um gancho para a história. Todo este sétimo volume está recheado de rastros para diferentes personagens seguirem, assim como nos deixar com a pulga atrás da orelha. Como por exemplo, o nome encontrado por Montoya e Duke nos escombros da cobertura de Ruth Redford. Um mistério interrompido por um brutal ataque a OTG coordenado por Azrael e o Coringa. 

Vencido este primeiro terço da HQ o restante é pura nitroglicerina e sentimos o motor rugir a medida em os eventos vão ocorrendo. 

Acerto de contas

Nesta segunda parte da HQ, Murphy entrega uma longa sequência de ação, mas recheada com os diálogos certeiros que transformam cenas de batalha em oportunidades de aprofundar os personagens. Principalmente o trio Harley-Napier-Coringa que são o ponto central das últimas páginas de Batman: A Maldição do Cavaleiro Branco 7.

Além disso, a relação entre Bruce e Harley nesta edição ganha mais algumas camadas diga-se de passagem. E há espaço até para uma cena que nos faz pensar em uma outra dupla dinâmica do clássico já mencionado aqui. Mas é no embate com o Coringa que a antiga Arlequina brilha e não só ela, mas o texto de Murphy também. 

Arte de: Sean Murphy

O grande trunfo de todo o desenrolar final é a sua forma e o seu ritmo. A ação é intensa, as emoções são fortes e condizentes com o que vimos até aqui no Murphyverse e nos levam a um ponto de virada brutal na história do Batman. Algo que só seria possível fora da continuidade, mas seria o mensageiro desta reviravolta confiável? 

E antes de terminamos por aqui há alguns pontos que valem destacar. O Bat-Azrael nos traços de Sean Murphy e nas cores de Matt Hollingsworth é algo lindo de se ver e uma belíssima A queda do Morcego. Assim como o elemento surpresa inserido na relação Napier-Coringa que transmuta o personagem agregando elementos de um outro vilão do Morcego.

A medida em que nos aproximamos do fim ainda restam dúvidas e mistérios a serem solucionados e a jornada que o roteirista vem trilhando nos prepara para algo grandioso na linha de chegada. 

Nota: 4 de 5

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