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Críticas de segunda e Opiniões de quinta sobre Quadrinhos

Por Thiago de Oliveira

Batman: o príncipe encantado das trevas 2

E hoje a conclusão do conto neo-noir de Enrico Marini: Batman: O Príncipe Encantado das Trevas 2! Onde todas as perguntas são respondidas e com direito a gancho de esquerda no final

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Ficha Técnica

Batman: o príncipe encantado das trevas 2 capa
Capa de: Enrico Marini

Batman: o príncipe encantado das trevas 2
Autor: Enrico Marini (roteiro e arte)
Preço: R$ 25,00
Editora: DC Comics / Panini.
Publicação: Dezembro / 2018.
Número de páginas: 72 páginas.
Formato: Europeu (21,5 x 33 cm.) Colorido / Capa Dura
Gênero: Super heróis
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Sinopse: Ainda no rastro do Coringa, Batman continua a sua busca desesperada para encontrar a garotinha que pode ser a filha de seu alter ego. Mas Alina não é tão indefesa assim e o Coringa e a Arlequina irão provar de suas garras. E afinal, quem é o pai de Alina?

Após uma longa espera, trazemos a vocês – nosso fiel público leitor – a conclusão deste conto noir. Idealizado pelo quadrinista suíço, naturalizado italiano, Enrico Marini, Batman – O Príncipe Encantado das Trevas 2 começa exatamente da forma como o primeiro volume começou: um flashback seguido de uma perseguição automotiva.

Batman: o príncipe encantado das trevas 2
Arte de: Enrico Marini

Nesse flashback temos a comprovação de que Bruce e Mariah realmente se conheceram e que bem provavelmente os dois tiveram algo naquela noite, explicando assim a culpa sentida por Bruce após o atentado do Coringa. Mas este é o único momento mais reflexivo da trama, pois neste segundo volume o ritmo da história é ainda mais acelerado e intenso.

E se vocês achavam que as cenas de ação não poderiam ficar melhores, a perseguição de motos do início mostra que Marini ainda tem umas cartas na manga. Ainda mais, como nos informa Sérgio Codespoti em sua resenha, que está caçada é uma bela de uma homenagem a Akira.

Além desta abertura empolgante, destaco também a luta entre a Mulher-Gato e o Batman em um dos telhados de Gotham e a cena de invasão ao esconderijo do Coringa – que me fez lembrar a jogabilidade da série de jogos Batman: Arkham– para evidenciar o domínio de Marini na construção de cenas de ação vertiginosas.

Coringa – O príncipe do crime – e coadjuvantes de peso

Falando no Príncipe Palhaço do Crime, é ele o carro chefe nesta segunda parte. Chantageando Bruce Wayne para participar de um leilão e comprar o diamante gato azul em troca da liberdade de Alina, a suposta filha do bilionário de Gotham, é o Coringa quem coloca a história para girar.

Coringa Enrico Marini
Arte de: Enrico Marini

A caracterização que Marini faz do personagem é interessantíssima e bem camaleônica, refletindo momentos distintos da trajetória do personagem. Ao passo que encontramos resquícios das HQs clássicas, da animação de Paul Dini e Bruce Timm, da famigerada atuação de Jared Leto e até uma versão drag do vilão.  Além disso, Marini alterna momentos de lucidez e total imprevisibilidade e monstruosidade, deixando os leitores com um gostinho de quero mais.

Além do Coringa, a Arlequina também ganha mais espaço nesta segunda parte e suas interações com Alina são ótimas e rendem bons momentos, apesar de sua hipersexualização desnecessária. Outro personagem que continua sensacional é o capanga suicida Archie, roubando a cena sempre que aparece. Já a Mulher-Gato continua como uma boa coadjuvante, apesar de ficarmos com a impressão da personagem estar ali sem muito proposito.

Outro ponto alto entre os personagens é a própria Alina que foge completamente do estereótipo de jovem indefesa. E o que não falta são embates dela com o Archie, com a Arlequina e com o Coringa, o que acaba rendendo bons momentos de comédia e tensão.

Batman: o príncipe encantado das trevas 2
Arte de: Enrico Marini

Quanto a trama deste segundo volume, a história é rápida e rasteira. Perseguições, chantagem, ameaças de assassinato a torto e a direito, capangas genéricos e o Batman em uma caçada por toda Gotham para salvar Alina. E acontece de tal forma que falar muito sobre Batman: o príncipe encantado das trevas 2 é prejudicar a sua leitura.

Conclusão

O que posso dizer é que Marini entrega tudo aquilo que se espera de uma aventura de detetive. Recheada com belos painéis e com um toque noir que deixa tudo mais vibrante. E com direito a uma bela reviravolta ao final da história diga-se de passagem.

Nota: 3 de 5

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