E lá vamos nós mais uma vez. 2022 ficou para trás e com ele também deixamos um longo período conturbado. O ano que passou foi um misto de intensas emoções e uma nova esperança enfim surgiu no horizonte. Mas e nos quadrinhos, quais foram os momentos mais marcantes? Quais foram os lançamentos imperdíveis? E aquela republicação especial? Quem ganhou o que? Quais foram os principais eventos?
Bem, eu não tenho todas as respostas, pois o texto abaixo não estava necessariamente previsto. Ele foi ganhando vida à medida em que comecei a escrever a minha lista de melhores do ano e quando me vi, estava à volta com as minhas memórias resgatando notícias, momentos e fragmentos. Assim como o personagem desmemoriado de A Misteriosa Chama da Rainha Loana do escritor Umberto Eco.
E da mesma forma que o personagem do livro, fiz o meu melhor para seguir as tortuosas trilhas da minha memória e recontar o ano que passou nos quadrinhos. Consequentemente, o texto está longe de ser completo e falhas e lapsos estarão presentes. Por isso conta com vocês e a caixa de comentários está aberta para contribuições. Isto posto, vamos a nossa breve (nem tão breve) retrospectiva de 2022.
O retorno grandioso (e calorento) do FIQ
As feiras voltaram. O FIQ enfim pode acontecer e mesmo, só podendo ter ido em único dia, deu para perceber que a sensação que pairava no ar era a de uma tremenda alegria. E este sentimento foi unânime entre todas as pessoas que puderam participar do evento. Um certo alívio de poder rever antigos conhecidos, conhecer novos artistas, rememorar os que se foram e acima de tudo celebrar esta grande festa da nona arte brasileira.
O FIQ de 2022 teve como temática: “Quadrinhos e o mundo do trabalho” e teve como homenageado da vez o quadrinista Marcelo D’salete, que ganhou uma pequena exposição sobre sua vida e obra. Realizado entre os dias 3 a 7 de Agosto no Minascentro, o festival recebeu 300 artistas e aproximadamente 40 mil pessoas, segundo Lucas Ed – um dos curadores do evento.
A programação foi extensa e contou com mesas de debate, oficinas, sessões de autógrafos e a já tradicional rodada de negócios – encontros organizados para que quadrinistas possam apresentar às editoras convidadas os seus projetos. Além disso, rolou o “Duelo HQ” – pequenos desafios de desenhos ao vivo no qual o público dava o tema e os quadrinistas se viravam no trinta.
O sábado do FIQ
O festival teve o seu pico de público no sábado e para vocês terem uma ideia, a fila estava virando o quarteirão duas vezes. Como vocês podem ver no vídeo da Sâmela Hidalgo, foi algo muito bonito de se ver, mesmo com todo o calor que estava fazendo. Tanto que em alguns momentos tive que procurar um lugar para sentar, pois estando recém-operado a temperatura elevada e a movimentação cobraram seu preço.
Agora ver todas aquelas pessoas indo a um evento de quadrinhos, consumindo quadrinhos, conhecendo quadrinhos, falando de quadrinhos, foi arrebatador. Isso só demonstra a força do FIQ e como o público está ávido por quadrinhos brasileiros e da necessidade de mais feiras e festivais que possam fazer essa conexão.
Como sempre, uma das partes mais interessantes do FIQ ocorreu justamente após o fechamento do festival. É quando diferentes bares de BH ficam apinhados de quadrinistas de todos os cantos do Brasil, em especial o edifício Maletta – tradicional ponto da boemia belorizontina. E foi maravilhoso acompanhar alguns trechos desses encontros pelo Twitter e até pedido de casamento aconteceu em 2022.
Para os que não estiveram presentes ao evento, e também para não me prolongar, deixo aqui e aqui a dupla de textos do Lucas Ed, um dos curadores do evento, e também o texto da Sâmela Hidalgo, do Mina de HQ, do Luiz Andrade, do Mapingua Nerd, e o do Érico Assis, crítico de quadrinhos e colunista do Omelete. Os escritos dão um gostinho do que foi o 11º FIQ e a sua explosão de energia, saudade e sorrisos. Agora para os que preferem vídeo, recomendo a cobertura realizada pelo pessoal do Fora do Plástico que você pode ver aqui.
Enquanto isso em São Paulo
São Paulo é sem dúvidas a Meca dos eventos de quadrinhos. Tanto que em 2022 ocorreram quatro grandes eventos onde a nona arte esteve presente, ora como protagonista, ora como coadjuvante de luxo.
Não pude comparecer em nenhum deles, pois apesar de São Paulo estar a oito horas daqui de Belo Horizonte, a grana tem andado curta. Então se até para comprar quadrinhos está complicado, imagina ir para outro estado.
Contudo, aqui da cadeira do escritório acompanhei avidamente todos os posts e coberturas em que pude colocar as mãos. O que, por sua vez, me proporcionou conhecer toda uma nova leva de artistas e HQs na minha infinita lista de compras.
POC CON
O primeiro evento ocorrido na cidade, ou pelo menos aquele que tomei ciência, foi a POC CON, que ocorreu no dia 18 de junho após um hiato de dois anos (bactéria filha da p*, micróbio do c*).
Realizada na Casa de Portugal, a feira contou com uma série bate-papos presenciais e online (todos podem ser conferidos aqui) e sessões de autógrafo com a participação de Laerte Coutinho, Ilustralu, Chris Gonzatti, Talles Rodrigues e a pesquisadora Laluña Machado. Além é claro, da participação de 119 artistas gráficos LGBTQIAP+ no Vale de Artistas.
Neste ano, a feira também realizou a POCket POC CON no SESC Guarulhos no dia 24 de setembro. Com a presença de 14 artistas convidades, o evento também teve 2 bate-papos e rodadas de jogos de tabuleiro e jogos digitais.
E para fechar o ano com chave de ouro, a feira levou o troféu HQMix de melhor evento pela POC CON em casa, realizado em 2021.
Ufa, que ano agitado para a feira e vida longa a POC CON e que em 2023 eu possa enfim visitá-la.
PerifaCon
Outro evento que enfim voltou a ocorrer foi a PerifaCon, que desta vez ocupou a Fábrica de Cultura de Brasilândia no dia 31 de julho.
Com a proposta de democratizar o acesso a cultura nerd, geek e pop, a convenção das quebradras, trouxe uma série de paíneis (com direito a prévia da série do Menino Maluquinho da Netflix), concurso de cosplay, arena gamer e participação de várias editoras: Veneta, JBC, Hyperion Comics, Companhia das Letras, Aleph, só para citar algumas. Além é claro, de várias lojas.
O beco dos artistas contou com 60 artistas e estiveram presentes Carlos Ruas, os incríveis Batatinha Fantasma, Jefferson Costa, Johncito, Marília Marz e muito mais. E definitivamente, este é um dos eventos que mais dia menos dia eu vou dar um jeito de comparecer.
Ogra – Feira de quadrinhos independentes
2022 também foi o ano que vimos nascer a Ogra – Feira de quadrinhos independentes. Evento totalmente focado na cena independente de quadrinhos e capitaneada pela comicshop Ugra Press.
Com entrada gratuita, o evento ocorreu no dia 18 de setembro na Galeria Ouro Velho em São Paulo, capital. Ao todo 131 artistas estiveram presentes e pelas fotos e relatos, a feira foi um completo sucesso. Torcendo para que aconteça uma segunda edição da Ogra e que ela possa se consolidar como mais uma opção de contato entre público e quadrinistas.
Butantã Gibicon
Outro evento que voltou a ocorrer foi a Butantã GibiCon, que acompanhei de longe e morrendo de vontade de visitar um dia. Porém, enquanto esse dia não chega, acompanhei diferentes posts, no Twitter e no Instagram, de pessoas que estavam presentes e assim como no FIQ, a emoção que vi só mostrou o quanto estávamos carentes desses eventos.
Tendo como homenageada Eva Furnari, ilustradora e escritora de livros infanto-juvenis, com mais de 60 livros publicados. E eu tenho certeza que você já leu um ou outro na infância. O evento ocorreu entre os dias 25 a 27 de novembro e contou com um beco dos artistas, painéis e oficinas.
A CCXP
A CCXP também voltou! Mas dela só posso dizer que: um dia, quem sabe, junto as malas e preparo o bolso para poder participar. Por conta disso, este ano foi mais um no qual acompanhei o evento de longe e também toda a discussão gerada por conta do texto do Érico sobre o faturamento dos quadrinistas que participaram da feira.
Um dos pontos desta discussão e que merece a divulgação, foi a fala da quadrinista Cora Ottoni, lá no Twitter, sobre organização financeira para quadrinistas. E se você quer se aventurar por esse meio, a leitura do fio é mais que válida.
Quadrinhos mais caros
Falando em grana, 2022 também foi ano de reajustes nos preços dos quadrinhos por parte da Panini. E o que era caro, ficou ainda mais salgado e finalmente ultrapassamos a casa dos quinhentos reais com o omnibus de “A Morte e o Retorno do Superman”. Não que eu seja o público-alvo dessas edições, contudo o pessoal do YellowTalk trouxe uma boa discussão sobre o papel do leitor/influencer no mercado. Na conversa, eles fazem um apontamento bem interessante: o valor é alto, mas se você pegar os doze volumes de “A saga do Superman” (e que ainda não acabou) já é o preço de um omnibus. Justifica? Não. Mas te coloca em perspectiva para pensar.
Este aumento nos valores de cada edição também foram sentidos nos mangás da Panini, como noticiado pelo blog BBM. Com isso, é possível dizer que trinta e cinco reais é a nova média de um quadrinho básico. Preocupante. E deixo aqui os links do excelente trabalho do pessoal do BBM onde eles detalham os números do mercado de mangás, ebooks, light novels e quadrinhos coreanos.
Para além da Panini, o mercado este ano também se mostrou bastante aquecido e finalmente vimos alguns clássicos aterrissando por aqui. Tais como Little Nemo da Editora Figura e Krazy Kat pela editora Skript. Ambos via Catarse e de quem falaremos mais para frente. Ao mesmo tempo, observamos a continuidade do resgate da obra de Flávio Colin com os lançamentos de “Os estranhos hóspedes do Hotel Nicanor” pela editora MMarte e “A Guerra dos Farrapos” pela Comix Zone. Com a chegada desses títulos é possível dizer que pelo menos cinco editoras de médio-grande porte possuem obras do desenhista brasileiro.
Também houve editora brasileira investindo pesado em quadrinhos nacionais e não foi a Guará (que continua firme no jogo). A Darkside trouxe esse ano, em uma única levada, seis publicações de autores nacionais entre novatos e veteranos. Ainda na seara do mercado brasileiro, o selo Outiside.co cresceu e publicou quatro novos gibis. Dito em outras palavras, a nona arte brasileira resiste e não só no papel. Tem quadrinho digital à beça por aí para ser lido e dos mais variados temas. Que é outro assunto que vou deixar mais para frente.
Catarse, tretas e outros bichos
Contudo, nem tudo são flores e este ano também observamos diferentes tipos de rolos e picuinhas. No meio disso tudo, lá estava a nossa plataforma de financiamento coletivo – o Catarse.
Com pouco mais de dez anos, a plataforma se consolidou no mercado como principal ferramenta de incentivo e custeio de obras. Tanto que nos últimos anos cada vez mais editoras recorreram ao Catarse para publicarem diferentes obras. Ao passo que, com este movimento observamos recordes sendo batidos ano a ano. Aos que tiverem curiosidade, recomendo este post aqui do Fora do Plástico sobre as maiores campanhas até então.
De fato, e saindo um pouco da discussão se isso é ou não um desvio de função da plataforma, editoras de diferentes portes estão por lá e publicando cada vez mais pelo Catarse. O que por sua vez, vem gerando uma mudança de expectativas por parte do público. E com razão, afinal se estamos falando de empresas, o que se espera é um mínimo de profissionalismo e cuidado com o material publicado.
Entretanto, não foram poucas as queixas, denúncias e reclamações relacionadas a projetos que não entregam o prometido. Em especial a empreendimentos das editoras Skript, Graphite (está devidamente banida do Catarse por tempo indeterminado) e Red Dragon.
Toda essa movimentação de leitores acabou encontrando vazão na pesquisa realizada pelo professor e crítico Alexandre Linck. Os dados apresentados mostram que a situação anda complicada e que há sim uma grande insatisfação e que muitos acreditam que o Catarse deveria sim, ter mais responsabilidade com editoras com más práticas. Você pode ver os dados da pesquisa aqui ou ver a sua apresentação aqui.
Vamos ver como as coisas se dão em 2023, porém uma coisa é certa: no último trimestre veremos mais um engarrafatarse.
Graphic MSP – Dez anos do selo que mudou tudo
Em 2022 o selo Graphic MSP soprou as velinhas e comemorou a sua primeira década. E chega a este marco com trinta e seis títulos publicados, duas adaptações cinematográficas de sucesso, um prêmio Jabuti, alguns tantos prêmios do HQMix, alguns Ângelo Agostini, uma série animada do Astronauta em produção e outra, em live action, de Jeremias.
E mudou tudo, pois em um cenário como o nosso de várias idas e vindas, de sempre estarmos vivendo num renascimento do mercado de quadrinhos; ter um farol desses voltado para a cena independente é poderoso. Ainda mais da forma como foi feito. Dando não só visibilidade, mas tratando de forma respeitosa os criadores envolvidos e os remunerando de foma adequada. Justamente por isso, que discordo dos críticos do selo quando dizem que o sonho do quadrinista brasileiro era o pesadelo do quadrinista norte-americano: o de estar atrelado a uma editora. Dizer isso, é estar alienado das condições materiais do nosso mercado e dos processos históricos que o cercam.
Outro fator a se destacar são os quase 800 mil exemplares vendidos nesses dez anos. Uma marca impressionante visto os números, pelo menos aqueles que temos acesso, de vendas no cenário brasileiro. Porém, a marca mais importante do selo em seus anos de existência tenha sido a reinvenção dos personagens da Maurício de Souza Produções.
Trazendo temas mais maduros para a turminha, o Graphic MSP discutiu temas como: racismo, machismo, luto, divórcio, a falta de moradia nos grandes centros urbanos, a relação entre pais e filhos, o uso das redes sociais, o poder da imaginação e muito, mas muito mais. O que por sua vez, garantiu espaços e holofotes de diferentes mídias.
Sucesso de público e de vendas, o selo é uma força consolidada e muito bem capitaneada pelo editor Sidney Gusman, que não parece ter planos de parar tão cedo. Afinal, em 2023 teremos mais cinco lançamentos que são:
- Mônica 3
- Jeremias 3
- Magali
- Xaveco
- Do contra
E que venham mais dez anos para o Graphic MSP e que ele possa contar outras belas histórias.
Obituário
As perdas de 2022 também foram muitas, dolorosas e algumas bastante precoces. Que possamos nos lembrar deles através de suas obras. Deixo aqui, em ordem alfabética, de todos que consegui lembrar.
Alan Grant
Data de falecimento: 21/07/22 (73 anos)
Aline Kominsky-Crumb
Data de falecimento: 29 de novembro de 2022 (74 anos)
Carlos Pacheco
Data do falecimento: 09/11/2022 (60 anos)
Dijjo Lima
Data do falecimento: 15/05/2022 (34 anos)
George Pérez
Data do falecimento: 06/05/2022 (67 anos)
Kevin O’Neill
Data do falecimento: 03/11/2022 (69 anos)
Kim Jung Gi
Data do falecimento: 3/10/2022 (47 anos)
Neal Adams
Data do falecimento: 28/04/22 (80 anos)
Tim Sale
Data do falecimento: 16/06/22 (66 anos)
Tom Palmer
Data do falecimento: 18/08/2022 (81 anos)
Os prêmios de 2022
2022 também foi ano de coroação de autores e quadrinhos nos já tradicionais prêmios: Troféu HQMix, Troféu Angelo Agostini e o Prêmio Jabuti. E também na novíssima premiação: CCXP Awards.
Como disse o crítico Érico Assis:
Toda premiação tem um defeito que é essencial: ela não pode prever o futuro. Toda premiação, porém, tem algum poder de ditar o futuro: ela diz aquele quadrinho, aquele filme, aquela música que vai ser lembrado ou lembrada. Você consulta o histórico de décadas da premiação e a obra está lá, melhor do ano em alguma coisa. (leia o texto completo aqui)
Então para ajudar a esse futuro resgate, deixo aqui registrado os vencedores dos respectivos prêmios (acrescentando algumas informações).
Vencedores Troféu HQMix 2022
Link: https://blog.hqmix.com.br/noticias/vencedores-34-trofeu-hqmix/
Desenhista Nacional
Lelis, por Popeye: Um homem ao Mar (Skript Editora)
Roteirista Nacional
Marcello Quintanilha, por Escuta, Formosa Márcia (Editora Veneta)
Arte-Finalista Nacional
Alcimar Frazão, por Lovistori (Brasa Editora)
Colorista Nacional
Lelis, por Popeye: Um homem ao Mar (Skript Editora)
Relevância Internacional
Marcello Quintanilha
Mestre do Quadrinho Nacional
Marcelo Campos
Adaptação para os Quadrinhos
Popeye: Um homem ao Mar, de Antoine Ozanam, Lellis (Skript Editora)
Edição Especial Estrangeira
Incal, de Alejandro Jodorowsky e Moebius (Editora Pipoca & Nanquim)
Edição Especial Nacional
Brega Story, de Gidalti Jr. (Brasa Editora)
Livro Teórico
História dos Quadrinhos: EUA, de Diego Moreau e Laluña Machado (Skript Editora)
Produção para outras Linguagens
Bob Cuspe – Nós não gostamos de gente (Filme)
Publicação de Aventura/Terror/Fantasia
Alice através do Muro, de Eric Peleias, Luke Ross, Marco Lesko (Independente)
Publicação de Clássico
Horácio Completo, de Maurício de Souza (Editora Pipoca & Nanquim)
Publicação de Humor
Ménage 2, de Germana Viana, Laudo Ferreira, Marcatti (Independente)
Publicação de Tira
Manual do Minotauro, de Laerte (Quadrinhos na Cia.)
Publicação em Minissérie
Bendita Cura # 3, de Mário César (Independente)
Publicação Independente de Grupo
Café Espacial #19, de Sergio Chaves, Lídia Basoli, Tali Grass, Susa Monteiro, Ana Hoo, André Ota, Daniê Antunes, Felipe Parucci, Gabriel Dantas, Germana Viana, Ícaro Malveira, Liber Paz, Lielson Zeni, Luli Penna, Majory Yokomizo, Melissa Garabeli, Miguel Moura, Milena Azevedo, Pacha Urbano, Phellip Willian, Rafa Hirata, Roberta Cirne, Rogi Silva e Rosana Moro. (Independente)
Publicação Independente Edição Única
Cansei de ser monstro, de Guilherme de Sousa, Thaís Leal (Independente)
Publicação Independente Seriada
Como fazer amigos e enfrentar alienígenas, de Gustavo Borges, Eric Peleias (Independente)
Publicação Infantil
Como fazer amigos e enfrentar alienígenas, de Gustavo Borges, Eric Peleias (Independente)
Publicação Juvenil
Arlindo, de Ilustralu (Luiza de Souza) (Editora Seguinte)
Publicação Mix
Almanaque Guará (Editora Universo Guará)
Projeto Editorial
Ragu #8, de Christiano Mascaro – Dandara Palankof – João Lin – Paulo Floro (CEPE Editora)
Projeto Gráfico
Rusty Brown, de Chris Ware (Quadrinhos na CIA.)
Editora do Ano (Empate)
Pipoca & Nanquim
Universo Guará
Evento
POC CON em casa
Exposição
Marcello Quintanilha – Chão de Estrelas
Projeto Especial na Pandemia
O time do vírus: Um quadrinho sobre como a disputa política invadiu o enfrentamento da pandemia no Brasil (Independente)
Homenagem Especial
Sonia Luyten – 50 anos de carreira
Grande Contribuição
Projeto de resgate da obra de Flavio Colin
Web Quadrinhos
Arlindo, de de Ilustralu (Luiza de Souza) (https://www.instagram.com/ilustralu/)
Web Tira
As Tirinhas de Helô D´Angelo (https://www.instagram.com/helodangeloarte/)
Trabalho de Conclusão de Curso
Conversações em Rede: Uma análise da interação da Editora Pipoca & Nanquim com seus fãs-clientes nas plataformas digitais (Por Carolina Luz Paulo)
Dissertação de Mestrado
Cidades Fictícias: O elo entre as histórias em quadrinhos e a arquitetura (Por Geovane Umbelino Marques)
Tese de Doutorado
Alfredo Storni e seu Zé Macaco: A Pedagogia da subjetividade moderna nas historietas de O Tico-Tico (Por Miguel Geraldo Mendes Reis)
Vencedores Troféu Angelo Agostini 2022
Link: https://aqc-sp.com.br/2022/08/27/vencedores-do-38o-trofeu-angelo-agostini/
Melhor lançamento
Confinada, de Leandro Assis e Triscila Oliveira
Lançamento independente
Não ligue, isso é coisa de mulher!, de Bianca Mól, Eliane Bonadio, Fabiana Signorini, Flávia Gasi, Ligia Zanella, Luiza Lemos, Mari Santtos, Nanda Alves, Renata CB Lzz e Roberta Cirne
Roteiristas
Leandro Assis e Triscila Oliveira
Desenhista
Bianca Mól
Lançamento infantil
Chico Bento: Verdade, de Orlandeli
Fanzine
Tchê nº 45, de Denilson Reis
Cartunista, chargista ou caricaturista
Aroeira
Web quadrinho
Téo & o Mini Mundo, de Caetano Cury
Prêmio Jayme Cortez
Alessandro Garcia (Ministério dos Quadrinhos)
Mestres do Quadrinho Nacional
José Marcio Nicolosi, Lilian Mitsunaga, Santiago e Sergio Macedo
Vencedor Prêmio Jabuti 2022 – História em quadrinhos
Escuta, formosa Márcia, de Marcello Quintanilha
Vencedores CCXP Awards – História em quadrinhos 2022
Link: https://www.ccxpawards.com/categorias/quadrinhos/
Melhor quadrinho
Arlindo, de Ilustralu (Luiza de Souza)
Melhor quadrinista
Marcello Quintanilha, por Escuta, Formosa Márcia
Melhor álbum
Brega Story, de Gidalti Jr.
Melhor tira e Web tira
Manual do Minotauro, de Laerte
Melhor roteirista
Gabriel Nascimento, por A menor distância entre dois pontos é uma fuga
Melhor desenhista
Shiko, por Carniça e a Blindagem Mística: A tutela do oculto
Melhor arte-finalista
Orlandeli, por Chico Bento: Verdade
Melhor colorista
Guilherme Petreca, por Shamisen: Canções do Mundo Flutuante